segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Olhos: janelas da alma

Uma mistura de sentimentos... Praticamente uma salada de frutas...
Não é uma salada de frutas, pois salada de frutas eu adoro e esse turbilhão me incomoda e me assusta um pouco.
A intuição fica borrada pela razão, que por sua vez se atrapalha com o coração, as emoções e sentimentos. O que fazer?
Tenho feito algumas descobertas importantes sobre mim, uma delas é que eu jamais vou viver sem amar alguém....
É muito bom curtir, querer, beijar, sonhar, abraçar, apertar, sorrir, debochar, fazer amor...
Quando me separei, fiz um tipo mulher forte (não que eu não seja), eu me basto.
Quanta bobagem! É claro que eu não me basto! E eu sabia que quando alguém mexesse com o meu coração seria assim. E é claro também, que por razões que talvez quando eu estiver do outro lado da vida eu entenda a pessoa que mexeu comigo é alguém complicado... Nem sei se poderemos um dia falar de sentimentos.
Mas essa sou eu. Alguém que insiste em ver além dos olhos do corpo quer ver os olhos da alma, e quando a gente vê a alma, a maioria das percepções se tornam sem importância. De quais percepções eu estou falando? Daquelas que tem a ver com o modo como a pessoa se veste os defeitos que você jura que poderá conviver, mesmo que à distância, o discurso que quase como uma armadura, protege as fragilidades e os medos.
Você olha nos olhos, no fundo deles e lá você enxerga o que nem a pessoa se dá conta que existe dentro dela, você vê uma vontade enclausurada no medo de se entregar...
Eu não precisava ter visto nada disso... Bastava-me ter visto o que estava visível... Mas sou uma ariana corajosa, que ousou olhar a alma do outro...
           E aí... Bem aí um estado de apaixonamento me invadiu o espírito. E a cada encontro, um pouco da alma se revela, timidamente, com medo de se machucar.
Tenho um amigo (aquele que me tira das nuvens e me traz para o mundo real) que me disse: Deleta o cara da tua vida!
Pois é, excluir da lista do MSN é a parte mais fácil, o problema é esquecer o olhar, o abraço, o cheiro, o som da voz ao dizer “maneiro”, o olhar bricalhão quando eu conjugo os verbos errado, o carinho...
Se eu estivesse vivendo essa história há 30 anos atrás, na mesma época em que eu conheci meu ex marido, talvez eu fechasse os olhos, da mesma forma que fiz lá atrás, e buscasse de todas as formas, amar esse ser que lá no fundo, mas bem no fundo, tem uma meiguice especial e apaixonante.
E foi isso que eu fiz durante trinta anos, amei o lado especial do meu ex, até o momento que o seu lado ruim começou a me fazer murchar, enfraquecer e desfalecer...
Hoje, por me amar mais do que aos outros, não tenho o direito de permitir que o lado obscuro de alguém sequer arranhe a minha esperança e o meu desejo de amar. Eu acredito em algo muito maior, que talvez eu possa sintetizar com a palavra LUZ.
A luz que ilumina a escuridão quando estamos com medo, a luz que cura as feridas da alma, a luz que nos guia através de caminhos tortuosos, a luz que aquece o coração, a luz abençoada do AMOR.

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