quarta-feira, 28 de setembro de 2011

E a águia voa...

Não tem como a gente não pensar em Deus, numa situação destas. Até porque sou espiritualista, acredito na reencarnação, que a verdadeira vida é na espiritualidade, na energia do planeta Terra, na energia que aproxima ou afasta os seres encarnados, no poder da natureza, no poder curador da água e das ervas, nos cristais e por aí vai...
E quando a gente se vê tomada por uma sensação destas, não tem como não pensar em algo divino!
O fato de poder escrever sobre isso e tantas outras coisas relacionadas à trajetória dessa águia que habita em mim, me faz muito bem, me harmoniza. É praticamente como uma terapia.
Que sensação é esta? É a sensação de ser tocada pelo jeito da outra pessoa, de querer ser correspondida, de tocar no rosto delicadamente, de beijar, de querer estar junto, de ouvir a outra pessoa sem dizer nada, de ficar olhando sem que o outro perceba. São muitas sensações...
Minha mãe, um dia desses, me disse para tomar cuidado: - os homens são espertos e farejam de longe quando uma mulher está carente! – pois é, carente eu estou, mas não me considero uma idiota, embora também não me considere uma esperteza em forma de gente, mas posso dizer que estou me tratando para acreditar mais nas pessoas, sou muito desconfiada, o que acaba, em muitos momentos, sendo um problema, pois não me entrego. (dá para perceber o porquê a partir do comentário da minha mamãe...).
Blue Eyes não faz jogos de sedução, não utiliza palavras melosas, nem tão pouco as românticas, mas tem algo de “um carinho sem querer” que ultrapassa as barreiras do inconsciente.
Não tenho grandes expectativas em relação a nós, a única coisa que penso é que  gostaria de vê-lo mais uma vez. E essa vontade me deixa nervosa, feliz, insegura, radiante, ansiosa, sonhadora.
Somos muito diferentes...
Mas essa sensação é incrivelmente maravilhosa e encantadora!
Se não nos encontrarmos mais (a minha terapeuta sugeriu que se ele não me convidar para sair eu devo convidá-lo. Confesso que não sei se vou conseguir, pois tenho medo de ouvir alguma desculpa ridícula, caso ele não aceite) não me vejo chorando ou “curtindo” uma deprê.
Foi bom, encantador e confuso...
Enquanto eu acariciava seu rosto da última vez que nos encontramos eu pensava em silêncio: tomara que a gente se veja de novo, Blue Eyes...”
E a águia voa...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Blue Eyes

Já coloquei em outros momentos que as relações afetivas tem um papel “mega” importante na minha vida.
Relações afetivas... Amar e ser amada, é isso o que eu quero dizer. A minha essência é romântica, sensível, carinhosa, e quando estou confiante, sei ser muito sensual. Bem, isso não costuma acontecer seguidamente, me permitir ser sensual.
A questão é que, no contexto atual, não posso me mostrar para aquelas pessoas que conheço. Tenho a “assessoria amorosa” da minha terapeuta, que me situa neste contexto maluco da atualidade, em que as relações são extremamente complicadas, e vamos combinar que na minha idade, as pessoas são muito mais complicadas, problemáticas, traumatizadas e com um enorme medo de se entregar, tipo eu, por exemplo.
Às vezes fico pensando o quanto vai ser difícil eu conseguir ter um outro relacionamento, apesar de hoje conseguir assumir que: NÃO QUERO FICAR SÓ E DESEJO MUITO AMAR NOVAMENTE. É claro que tenho um que de ansiedade, não sei se por conta de eu ser uma ariana ou  devido as características da minha personalidade, ou as duas coisas juntas . O que importa é que, acreditando no ditado que diz “o universo conspira a nosso favor”, ando plasmando no campo das energias que pairam no universo, um amor para mim.
Por conta disso, um dia desses conheci um rapaz. Um tipo um tanto estranho, diferente. Mas por uma conjuntura sei lá eu de onde, o cara tem a mesma profissão do meu ex. Fazer o que...
Bem, algo começou a acontecer aqui dentro. Uma sensação estranha, ansiedade, falta de concentração, parece que estou conectada de alguma forma com ele. Como disse a uma amiga, acho que estou “meio apaixonada”. Sei lá se isso existe...
O cara não é do meu estado, está aqui provisoriamente, não fala em sentimentos (acho que nem poderia, pois só nos encontramos três vezes). Não sei o que ele pensa a meu respeito, mas acho que no mínimo deve ter me achado uma pessoa interessante, pois me convidou para sair mais de uma vez.
Tenho também um amigo, que me disse que não importa o que ele pensa de mim, mas como eu me sinto em relação a ele. Achei muito interessante esse ponto de vista, apesar de que ele também me disse que tenho que ter o cuidado para não ficar pensando só em mim... Eu nem poderia fazer isso, pois não faz parte da minha maneira de ser...
Voltando ao rapaz que conheci, a qual chamarei de “Blue Eyes” , ele tem algo no  olhar que toca no fundo a minha alma. Quisera eu também tocasse  sua alma...
           Quanta coisa eu tenho vontade de dizer para ele, quanto carinho tenho vontade de fazer, como eu gostaria de despir a fantasia de “está tudo sob controle”, para mostrar a energia que percorre o meu corpo quando ele se aproxima de mim...
           Mas as coisas, não são assim. As pessoas vivem cheias de defesas e eu não sei ainda se ele merece me conhecer.
          Se eu pudesse, e se fosse politicamente correto (falando dos jogos da sedução que ocorrem no inicio dos relacionamentos), eu diria: sou uma águia que está reaprendendo a voar, venha voar comigo, vamos nos conhecer e voar juntos até quando valer a pena...

sábado, 17 de setembro de 2011

Pra rua me levar

Eu estive num estado de apaixonamento por muitos anos e isso foi muito bom na minha vida. E como toda pessoa apaixonada, procurava conviver com os defeitos do meu amado de uma maneira otimista.

Mas como a vida está em constante movimento, eis que as coisas começaram a mudar e por mais ou menos uma década fui-me desapaixonando. Os defeitos dele passaram a me fazer muito mal, roubar a minha energia e tornar o meu caminho triste.

Era hora de mudar. E com muito sofrimento me desapaixonei, depois de viver apaixonada por mais ou menos vinte anos. Muito tempo...

Hoje, depois de aprender a me amar (ainda estou em processo de aprendizado), após um ano de separação, ando sentindo uma vontade, digamos, bem intensa, de me apaixonar novamente. E como as músicas têm uma grande importância na minha vida, uma em especial, expressa exatamente como me sinto, neste momento. Vamos a ela:

Pra rua me levar – Ana Carolina.
Não vou viver, como alguém
Que só espera um novo amor
Há outras coisas
No caminho aonde eu vou...
Às vezes ando só
Trocando passos
Com a solidão
Momentos que são meus
E que não abro mão...
Já sei olhar o rio
Por onde a vida passa
Sem me precipitar
E nem perder a hora
Escuto no silêncio
Que há em mim e basta
Outro tempo começou
Prá mim agora...
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
É!
Mas tenho ainda
Muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz
E que ainda não cumpri
Palavras me aguardam
O tempo exato prá falar
Coisas minhas, talvez
Você nem queira ouvir...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A força da águia

É interessante a minha maneira de lidar com algumas situações...
Acho que desenvolvi ao longo dos anos, uma estratégia de lidar através da racionalização ou negação com algumas coisas que me magoavam profundamente.
Dizem os psicanalistas, que os mecanismos de defesa servem para preservar o nosso aparelho psíquico de dores ou traumas que nos atingem.
As dores, que me acompanharam em muitos momentos, vinham como tempestades arrasadoras que por vezes davam a sensação de que iriam me enlouquecer. Sentia-me desorientada e muito só, com uma sensação de que iriam destruir a minha vida, pelo menos a forma como a minha vida estava estruturada. O interessante é que esses vendavais sempre estavam associados a minha vida amorosa...
Sempre consegui lidar com os desafios da vida de maneira corajosa e equilibrada, mas quando se tratava das coisas do coração, bem aí tudo se complicava. Lembro que desde quando comecei a ter amores platônicos, eram situações que me faziam sofrer.
Quando apareceu na minha vida adolescente, um menino que fez muito feliz e demonstrava me amar incondicionalmente, eu literalmente, o desprezei. Tenho a sensação de que até hoje vivo as conseqüências dessa imprudência imatura e maldosa daqueles momentos da minha adolescência...
Quando não agüentei mais o meu casamento, desejei ardentemente que o meu ex não tentasse voltar. E ele não tentou. E a sensação que a princípio foi de alívio, foi se transformando em desprezo, em certeza que ele não me amava mais, em dor por sentir que eu não era mais amada, em medo de nunca mais ser amada.
Acho que não sou uma pessoa insuportável, não sou feia e acredito que tenho qualidades interessantes...
Tá, e daí? Depois de um ano, estou sozinha e arrancando os pelos pubianos de desespero de ficar só para sempre... Brincadeirinha!
Que bom poder escrever sobre a minha dor... Ficou mais leve!
Tomara que um dia, se eu conseguir publicar esses textos, alguém possa se sentir confortado, e fortalecido pela força da águia que habitam em mim.

Que assim seja

Mais de um mês sem escrever uma linha...
Tem sido difícil, desafiador e solitário os momentos que venho passando.
Às vezes uma sensação de que a estabilidade não vai mais fazer parte da minha vida. De qual estabilidade eu falo?
Do porto seguro de ter alguém ao nosso lado. É claro que eu fico arranjando desculpas, não tão inconscientes, sobre ser melhor estar sozinha do que mal acompanhada, procuro me lembrar dos momentos de companhia solitária que vivia junto ao meu ex-marido, e confesso que a dúvida ronda o meu pensamento: será que fiz a coisa certa?
Devo estar enlouquecendo, ainda bem que faço terapia e estou desesperadamente buscando fazer ioga, para lidar com esses momentos que teimam em me desconcentrar. Tenho esperança que ioga vai me ajudar.
Preciso me harmonizar. Preciso amar... Quero amar...
Um dia desses ouvi, não lembro onde, que quando a gente está nessa fase de “querer doar amor”, o ideal é fazer alguma atividade solidária. Não deixa de ser uma idéia interessante, mas o que eu quero mesmo é fazer caridade para mim.
Realmente ando me sentindo muito só e atraindo pessoas complicadas, o que não tem me feito muito bem.
Quero pegar na mão, beijar, trocar carinhos, ser admirada, respeitada e, definitivamente, não nasci para ficar sozinha.
O que o destino me reserva? Qual deve ser a minha aprendizagem? Até quando vou ter que sentir essa dor?
A sensação de que ninguém mais vai gostar de mim é algo que tem me deixado deprimida. Sei que eu tenho que me gostar... Mas quando a gente percebe que alguém nos “curti” isso é muito especial.
Não quero ser uma águia solitária...
Preciso me voltar novamente, como há um ano, para a força da águia. Essa águia que habita em mim e que me fará voar novamente. Estou me enclausurando na caverna.
Preciso rezar... Aos espíritos que habitam a natureza, às forças supremas, a Deus, ao meu Anjo da Guarda:
Queridos seres da espiritualidade, me ajudem a superar esse momento. Que eu não me coloque em mãos que não vão valorizar a minha sensibilidade, o meu carinho, a minha coragem, a minha força e principalmente a minha luz interior.
Que eu não permita que ninguém diminua a minha luz ou queira se aproveitar da leveza do meu coração. Se alguém especial cruzar o meu caminho, que eu veja queridos amigos da espiritualidade. Ajudem-me a enxergar com os olhos do coração, quando essa pessoa se fizer presente na minha vida.
Mas acima de tudo, me ajudem a parar de buscar um amor, acalmem o meu coração, POR FAVOR!
Obrigada por tudo!
Que assim seja...