segunda-feira, 28 de março de 2011

Os primeiros voos

Há muito tempo tenho pensado em escrever sobre sentimentos, os meus, aqueles que talvez eu entenda dos outros, sobre momentos da minha história, mas principalmente sobre as descobertas que me impulsionaram para frente.
Algumas delas foram literalmente um empurrão, outras foram mais suaves e têm tantas outras que eu ainda vou fazer.
Quando se tem 16 anos, se é uma adolescente sonhadora, com pilhas de problemas familiares e louca de vontade de se entregar para a vida, se descobre muita coisa. Mas há 32 anos as minhas descobertas não foram tão avassaladoras como seriam nos dias de hoje em que os jovens se lançam em aventuras pelo simples prazer do momento.
Eu não pensava no momento, mas sim no futuro aliás, essa é uma das minhas dificuldades que eu trato na terapia: pensar demais no futuro. Eu tinha que ser responsável... Filha mais velha, irmãos que viam em mim uma referência e por aí vai...
Eu era uma águia adolescente....
E foi nesse momento em que eu encontrei aquele que eu pensava que seria o meu amor para toda a vida. E foi por mais de 20 anos, para ser exata, por 27 anos, apesar de que no final, estava mais para a assombração da minha vida.
Preciso dar um toque engraçado em algumas situações, uma porque muitas delas foram mesmo e outra porque rir com bom humor, nos faz sentir mais leves.
Interessante como a medida que vou escrevendo, vou lembrando dos sentimentos daqueles momentos e me emociono... e entendo a importância de escrever. Preciso fazer uma limpeza interna, arrancar meu bico, cortar minhas unhas, limpar as minhas penas, para sair da caverna em que estive reclusa por tantos anos e alçar longos e altos vôos, até o momento em que as energias do meu corpo se forem.

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