sábado, 25 de junho de 2011

Entendi...

Estou numa fase da minha vida em que tenho vivenciado algumas situações, que me aparecem como sinais para que eu possa me dar conta de algumas coisas. Ou talvez esteja aberta a perceber o que se mostra no meu caminho...
Esta semana precisei retocar as mechas do meu cabelo, porque na minha idade os cabelos se comportam da seguinte forma: há os fios brancos que crescem em harmonia com o conjunto dos demais fios e há aqueles que nascem como pelos pubianos, no alto da cabeça e se colocam como parabólicas a tentar sintonizar com outras galáxias... Esses são terríveis!
Meu cabeleireiro me alcançou uma revista, em que lá pelas tantas encontrei um artigo de um psicanalista que, incrivelmente, sem ter a mínima idéia das minhas dúvidas, serenou meu coração e a minha auto-estima.
Preciso relatar que desde que me separei, até este momento já saí quatro vezes para dançar. Nestes eventos encontrei duas pessoas, em festas diferentes,  em que eu não entendia exatamente como se relacionavam(seria tão bom se houvesse um manual de instruções...).
E como estou num momento de aprendizagem, muitas dúvidas pairavam na minha cabeça.
Um destes cavalheiros num primeiro momento demonstrou atenção e depois foi se afastando com várias desculpas. É evidente que pelo meu funcionamento emocional, imaginei se tratar de algum problema comigo. Mas como não tenho a mínima intenção em me envolver sério com alguém, isto não chegou a arranhar o meu coração.
O segundo vivente, muito atencioso, cheio de elogios, algo como se eu fosse alguém tipo Angelina Jolie (já que a considero uma mulher maravilhosa...) também manifestou após o nosso encontro um comportamento parecido com o anterior. Bem, aí eu realmente comecei a refletir um pouco mais sobre as minhas atitudes. Afinal, o que eu estaria provocando em comum nestes dois homens?
Porém, eis que os céus resolveram me enviar uma resposta...
Numa quarta-feira, véspera de feriado, depois de eu trabalhar mais de 10 horas, quando eu já estava de pijama, uma amiga me convidou para ir dançar num sertanejo universitário. Esse estilo de música, apesar de achar interessante, eu não tenho a mínima habilidade para transitar na pista de dança, mas fui. Afinal, estou naquele momento em que eu acredito que nada acontece por acaso.
Eis que chegando lá, depois de mais ou menos uma hora, encontro os ditos rapazes (para ser generosa vou chamá-los assim) primeiro vi um, o que me dizia que não podia sair comigo, pois estava sem dinheiro, e o outro, que sumia sem dar notícias e só se comunicava comigo nas sextas-feiras.
Confesso que levei um susto...
E, voltando ao artigo do tal psicanalista, foi que eu entendi o funcionamento destes dois espécimes masculinos, quando a repórter pergunta sobre as pessoas que se encontram na noite, ele coloca que há pessoas que cultivam o “vazio afetivo”, pois se tornaram dependentes da sensação de, na noite, ficar com pessoas, mas sem se envolver, pois sentem necessidade de voltar novamente outro dia para viver as mesmas sensações, como se fosse uma droga. Foi mais ou menos isso que ele colocou.
O fato, de ler essa entrevista, cheia de papel laminado no cabelo, foi tão importante para mim, pois me fez perceber, que além do problema não ser comigo, são pessoas que, ao mesmo tempo em que buscam afeto, se afastam do carinho, do aconchego e da grandeza da cumplicidade entre um homem e uma mulher.
E vamos combinar, viva os homens que têm coragem de deixar de olhar para o seu umbigo e se entregar para uma mulher!

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