sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O que é um casamento?

Existem perguntas que devemos nos fazer para que tenhamos a certeza do que realmente pensamos e sentimos. Fugir das respostas não é algo que nos ajuda em longo prazo, embora em muitos momentos nos deixe num lugar de conforto em que não precisamos olhar e muito menos tomar decisões que envolvam mudanças de vida.
Por muitos anos, vivi numa loucura desatada, a qual chamava de amor, uma busca incessante para ser amada ou para ter a certeza de que era amada. Não me fazia perguntas, apenas buscava acalmar meu coração, sem querer olhar as respostas que me eram apresentadas. O que menos consegui ao longo dos 31 anos em que estive com meu ex-marido, foi acalmar meu coração.
Há exatos seis anos, num momento de breve separação (um mês), fui a uma taróloga, pessoa séria e ética, que me falou algo que até então eu não tinha ouvido, nem muito menos tinha parado para pensar. Ela colocou que o meu casamento já estava finalizado. Falei que não tinha me separado legalmente, ela então falou que estava se referindo ao casamento dos espíritos, das almas, do astral, aquela união que a gente já em algum momento ouviu falar, que está nas máximas bíblicas: “O que Deus uniu o homem não separa.”
Naquele momento, senti um frio na barriga, pois sou espiritualista e sei o que isso significa: etapa finalizada, mudança de ciclo. Mas sou um ser esperançoso (ou teimosa), e depois de um mês de afastamento, coloquei o que ouvi em alguma gaveta emocional e decidi que daria certo. Não deu.
Era como se não estivéssemos mais na mesma sintonia astral e energética. Alguma coisa havia se perdido. E pude comprovar que o casamento verdadeiro se dá de alguma forma por uma cerimônia invisível, de entrelaçamento de almas, que em nada tem a ver com os rituais materiais e que, da mesma forma se mantém ou se desfaz por várias razões, só cada par de almas pode identificar e sentir isso (quando tem coragem para olhar).
Durante a breve viagem que fiz com Angel, para conhecer sua família (preciso escrever sobre essa inesquecível experiência), houve um momento em que parece que algum tipo de cerimônia invisível aconteceu.
Estávamos sentados, à beira do rio, cercado por árvores, conversando sobre o futuro da nossa relação. Em dado momento, ficamos em silêncio, de mãos dadas e algum tipo de energia nos envolveu.
Senti como se estivéssemos sendo observados por várias pessoas, algumas delas expressando muita alegria, outras esperançosas, e alguns seres do astral traçando ao nosso redor um campo de energia, como que dizendo:
Agora inicia um novo ciclo na vida de vocês. Sejam responsáveis e não se esqueçam dos compromissos assumidos e dos desafios que vão enfrentar. Estaremos a postos para ajudá-los, orientá-los e protegê-los. Façam a parte de vocês! Sempre que tiverem dúvidas, se sentirem enfraquecidos ou desprotegidos reportem na memória a visão deste momento, e aqui estarão para serem energizados. Paz e Luz...”
Ficamos por vários minutos em silêncio... E só nos demos conta que o tempo havia passado, quando o sol começou a se pôr.
E ao entardecer, as duas águias voaram, não mais solitárias, agora lado a lado, olhando na mesma direção: da luz, da harmonia, do respeito, que se traduz em amor...

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