segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A força da águia

É interessante a minha maneira de lidar com algumas situações...
Acho que desenvolvi ao longo dos anos, uma estratégia de lidar através da racionalização ou negação com algumas coisas que me magoavam profundamente.
Dizem os psicanalistas, que os mecanismos de defesa servem para preservar o nosso aparelho psíquico de dores ou traumas que nos atingem.
As dores, que me acompanharam em muitos momentos, vinham como tempestades arrasadoras que por vezes davam a sensação de que iriam me enlouquecer. Sentia-me desorientada e muito só, com uma sensação de que iriam destruir a minha vida, pelo menos a forma como a minha vida estava estruturada. O interessante é que esses vendavais sempre estavam associados a minha vida amorosa...
Sempre consegui lidar com os desafios da vida de maneira corajosa e equilibrada, mas quando se tratava das coisas do coração, bem aí tudo se complicava. Lembro que desde quando comecei a ter amores platônicos, eram situações que me faziam sofrer.
Quando apareceu na minha vida adolescente, um menino que fez muito feliz e demonstrava me amar incondicionalmente, eu literalmente, o desprezei. Tenho a sensação de que até hoje vivo as conseqüências dessa imprudência imatura e maldosa daqueles momentos da minha adolescência...
Quando não agüentei mais o meu casamento, desejei ardentemente que o meu ex não tentasse voltar. E ele não tentou. E a sensação que a princípio foi de alívio, foi se transformando em desprezo, em certeza que ele não me amava mais, em dor por sentir que eu não era mais amada, em medo de nunca mais ser amada.
Acho que não sou uma pessoa insuportável, não sou feia e acredito que tenho qualidades interessantes...
Tá, e daí? Depois de um ano, estou sozinha e arrancando os pelos pubianos de desespero de ficar só para sempre... Brincadeirinha!
Que bom poder escrever sobre a minha dor... Ficou mais leve!
Tomara que um dia, se eu conseguir publicar esses textos, alguém possa se sentir confortado, e fortalecido pela força da águia que habitam em mim.

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